SOLOS DO CERRADO
A
maioria dos solos da região dos Cerrados são os Latossolos, cobrindo 46% da
área. Esses tipos de solos podem apresentar uma coloração variando do vermelho
para o amarelo, são profundos, bem drenados na maior parte do ano, apresentam
acidez, toxidez de alumínio e são pobres em nutrientes essências (como cálcio,
magnésio, potássio e alguns micronutientes) para a maioria das plantas. Além
desses, temos os solos pedregosos e rasos (Neossolos Litólicos), geralmente de
encostas, os arenosos (Neossolos Quartzarênicos), os orgânicos (Organossolos) e
outros de menor expressão.
Areia
Quartzosa
Ambiente de Ocorrência Perfil
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Fotos: acervo Embrapa Cerrados. |
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Fotos: acervo Embrapa Cerrados. |
Cambissolo
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Fotos: acervo Embrapa Cerrados. |
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Fotos: acervo Embrapa Cerrados. |
Glei
Pouco Húmico
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Fotos: acervo Embrapa Cerrados |
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Fotos: acervo Embrapa Cerrados |
Latossolo
( Perfil Latossolo Vermelho-Amarelo)
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Fotos: acervo Embrapa Cerrados |
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Fotos: acervo Embrapa Cerrados |
Litólico
(Litossolos)
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Fotos: acervo Embrapa Cerrados |
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Fotos: acervo Embrapa Cerrados |
Plintossolo
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Fotos: acervo Embrapa Cerrados |
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Fotos: acervo Embrapa Cerrados |
Podzólico
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Fotos: acervo Embrapa Cerrados |
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Fotos: acervo Embrapa Cerrados |
Terra
Roxa Estruturada
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Fotos: acervo Embrapa Cerrados |
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Fotos: acervo Embrapa Cerrados |
CLASSES
DE SOLOS DO CERRADO

Fotos: acervo Embrapa Cerrados.
Classes de solos
|
Ocorrência estimada (%)
|
Latossolos
|
45,7
|
Latossolo Roxo (LR)
|
3,5
|
Latossolo Vermelho-Escuro (LE)
|
18,6
|
Latossolo Vermelho-Amarelo (LV)
|
21,6
|
Latossolo Variação-Una (LU)
|
0,5
|
Latossolo Amarelo (LA)
|
1,5
|
Areia Quartzosa (AQ)
|
15,2
|
Podzólicos
|
15,1
|
Podzólico Vermelho-Escuro (PE)
|
6,9
|
Podzóilico Vermelho-Amarelo (PV)
|
8,2
|
Solos Plínticos
|
9,0
|
Plintossolo (PT)
|
6,0
|
Plintossolo Pétrico (PP)
|
3,0
|
Solos Hidromórficos
|
2,5
|
Hidromórfico Cinzento (HC)
|
0,3
|
Glei Húmico (HG)
|
0,2
|
Glei Pouco Húmico (HGP)
|
1,8
|
Solos Aluviais (A)
|
(-) de 0,1
|
Solos Organicos (O)
|
(-) de 0,1
|
Solos Litólicos
|
7,3
|
Cambissolos
|
3,1
|
Terra Roxa Estruturada
|
1,7
|
Outros
|
0,4
|
Areia Quartzosa / Neossolo Quartzarênico

Características
gerais
Em geral, são solos
originados de depósitos arenosos, apresentando textura areia ou areia franca ao
longo de pelo menos 2 m de profundidade. Esses solos são constituídos
essencialmente de grãos de quartzo, sendo, por conseguinte, praticamente
destituídos de minerais primários pouco resistentes ao intemperismo.
Essa classe de solos
abrange as Areias Quartzosas não-hidromórficas descoloridas, apresentando
também coloração amarela ou vermelha. A granulometria da fração areia é
variável e, em algumas situações, predominam diâmetros maiores e, em outras,
menores. O teor máximo de argila chega a 15%, quando o silte está ausente.
Aptidão Agricola
As Areias Quartzosas são consideradas solos de baixa aptidão agrícola. O uso
contínuo de culturas anuais pode levá-las rapidamente à degradação. Práticas de
manejo que mantenham ou aumentem os teores de matéria orgânica podem reduzir
esse problema.
Culturas perenes, plantadas em áreas de Areia Quartzosas, requerem manejo
adequado e cuidados intensivos no controle da erosão, da adubação
(principalmente com N e K) e da irrigação, esta última, visando à economia de
água. Caso contrário, há o depauperamento da lavoura, acarretando baixas
produtividades.
As áreas de Areias Quartzosas que ocorrem junto aos mananciais devem ser
obrigatoriamente isoladas e mantidas para a preservação dos recursos hídricos,
da flora e da fauna. O reflorestamento de áreas degradadas, sem finalidade
comercial, é uma opção recomendável onde a regeneração da vegetação natural é
lenta, entretanto, o reflorestamento comercial é uma alternativa para as áreas
mais afastadas dos mananciais e da rede de drenagem.
Fatores Limitantes ao uso agrícola
Por serem muito arenosos, com baixa capacidade de agregação de partículas,
condicionada pelos baixos teores de argila e de matéria orgânica, esses solos
são muito suscetíveis à erosão. Quando ocupam as cabeceiras de drenagem, em
geral, dão origem a grandes voçorocas.
Tendo em vista a grande quantidade de areia, nesses solos, sobretudo naqueles
em que a areia grossa predomina sobre a fina, há séria limitação quanto à
capacidade de armazenamento de água disponível.
Apesar de a adsorção de P ser pequena nesses solos, existem problemas sérios
quanto à lixiviação de nitrogênio e à decomposição rápida da matéria orgânica.
A lixiviação de nitratos e de sulfatos é intensa por causa da grande
macroporisidade e da permeabilidade dos solos de textura arenosa.
Ambientes de ocorrência
No Cerrado, as Areias Quartzosas estão relacionadas a depósitos arenosos de
cobertura, normalmente em relevo plano ou suave-ondulado. Em relevo mais
movimentado, esses solos não permanecem estáveis.
Manejo das Areias quartzosas
Uso desse solo conforme sua aptidão agrícola;
Avaliação da CTC, pois solos arenosos apresentam CTC muito baixa e dependem do
teor de matéria orgânica;
Teores de areia grossa maiores que os de areia fina implicam menor CTC e
retenção de água;
As Areias Quartzosas, em relevo suave-ondulado (entre 3% e 8%), são muitos
suscetíveis à erosão;
Esses solos apresentam elevada perda de água por infiltração rápida;
Os investimentos na melhoria e na manutenção das condições de produção podem
ultrapassar os rendimentos obtidos. Deve-se, portanto, avaliar a viabilidade
econômica do uso desses solos.
Culturas perenes são opções mais recomendáveis do que as anuais.
Glei Pouco Húmico / Gleissolo Háplico
Características Gerais
São solos minerais, hidromórficos, apresentando
horizontes A (mineral) ou H (orgânico), seguido de um horizonte de cor
cinzento-olivácea, esverdeado ou azulado, chamado horizonte glei, resultado de
modificações sofridas pelos óxidos de ferro existentes no solo (redução) em
condições de encharcamento durante o ano todo ou parte dele. O horizonte glei
pode começar a 40 cm da superfície. São solos mal drenados, podendo apresentar
textura bastante variável ao longo do perfil.
Podem apresentar tanto argila de baixa atividade,
quanto de alta atividade, são solos pobres ou ricos em bases ou com teores de
alumínio elevado. Como estão localizados em baixadas, próximas às drenagens,
suas características são influenciadas pela contribuição de partículas
provenientes dos solos das posições mais altas e da água de drenagem, uma vez
que são formados em áreas de recepção ou trânsito de produtos transportados.
Além do Glei Húmico, encontra-se na mesma posição,
porém em proporção bastante reduzida nas áreas de Cerrado, o Glei Húmico. A
diferença básica está no horizonte A. No Glei Húmico, esse horizonte tem 20 cm
ou mais de espessura, apresenta-se escuro, turfoso ou com grande quantidade de
matéria orgânica em outra forma. No Glei Pouco Húmico o horizonte A é mais
claro do que no Glei Húmico, sendo mais pobre em matéria orgânica.
Fatores Limitantes
A maior limitação está na presença de lençol
freático elevado, com riscos de inundação, necessitando de drenagem para seu
uso. Raramente apresentam fertilidade alta e a neutralização da acidez pela
calagem é problemática, exigindo, muitas vezes, grandes quantidades de
calcário.
A textura ao longo do perfil deve ser observada,
pois solos muito argilosos em subsuperfície podem apresentar sérios problemas
quando drenados. À medida que esses solos secam, ficam endurecidos,
prejudicando o desenvolvimento de raízes. Ciclos constantes de umedecimento e
secagem podem provocar endurecimento irreversível do solo.
No caso de Glei Húmico, a existência de camada
orgânica, resultante do acúmulo de material orgânico, devido à má drenagem,
pode provocar elevados valores de CTC e da relação C/N. Pode ocorrer ainda
subsidência do material orgânico (afundamento) e perigo de incêndio desse
material. A elevada afinidade da matéria orgânica com o cobre pode induzir a
deficiência desse elemento nas plantas.
Aptidão agrícola
Apresentam sérias limitações ao uso agrícola,
principalmente, em relação à deficiência de oxigênio (pelo excesso de água), à
baixa fertilidade e ao impedimento à mecanização.
Por estarem em locais úmidos, conservadores de
água, não se recomenda sua utilização para atividades agrícolas,
principalmente, nas áreas que ainda estão intactas e nas nascentes dos cursos d
água. O ambiente onde se encontram os solos glei é muito importante do ponto de
vista conservação do recurso água. A drenagem dessas áreas pode comprometer o
reservatório hídrico da região, particularmente, nas áreas onde se utiliza
irrigação de superfície. A manutenção das várzeas é de suma importância para a
perenização dos cursos d´água. Em alguns casos, mormente em pequenas
propriedades, onde o uso do solo é bastante intensivo devido à escassez de
área, é comum a utilização de várzeas, em especial, para horticultura, plantio
de arroz por inundação e pastagens. Apesar de não recomendado, nesses casos,
não há outra opção senão seu uso. Cuidados com o assoreamento e a poluição dos
cursos d água podem ser tomados, mas sempre que possível essas áreas devem ser
protegidas, procurando-se opções menos agressivas ao ambiente.
Ambiente de ocorrência
Solos Glei Pouco Húmico estão localizados em áreas
de várzeas normalmente com vegetação de vereda, campos higróficos ou
hidrófilos, em relevo plano que permite o acúmulo de água durante todo o ano ou
na maior parte dele. Podem ocorrer em cabeceiras de rios ou córregos e também
ao longo deles, estando sujeitos a inundações. O lençol freático quase sempre
está próximo à superfície.
Manejo dos solos Glei
Os ambientes onde se encontram esses solos devem
ser mantidos com o mínimo de interferência antrópica, uma vez que neles se
concentram as reservas hídricas da Região do Cerrado.
Manter esses ambientes, preferencialmente, como
área de preservação.
Latossolos
Características gerais
São formados pelo processo denominado latolização
que consiste basicamente na remoção da sílica e das bases do perfil (Ca2+,
Mg2+, K+ etc), após transformação dos minerais primários constituintes.
São definidas sete diferentes classes de
latossolo, diferenciadas com base na combinação de características com teor de
Fe2O3, cor do solo e relação Ki (SiO2/Al2O3).
São solos minerais , não-hidromórficos, profundos
(normalmente superiores a 2 m), horizontes B muito espesso (> 50 cm) com
seqüência de horizontes A, B e C pouco diferenciados; as cores variam de
vermelhas muito escuras a amareladas, geralmente escuras no A, vivas no B e
mais claras no C. A sílica (SiO2) e as bases trocáveis (em particular Ca, Mg e
K) são removidas do sistema, levando ao enriquecimento com óxidos de ferro e de
alumínio que são agentes agregantes, dando à massa do solo aspecto maciço
poroso; apresentam estrutura granular muito pequena; são macios quando secos e
altamente friáveis quando úmidos.
Apresentam teor de silte inferior a 20% e argila
variando entre 15% e 80%. São solos com alta permeabilidade à água, podendo ser
trabalhados em grande amplitude de umidade.
Os latossolos apresentam tendência a formar
crostas superficiais, possivelmente, devido à floculação das argilas que passam
a comportar-se funcionalmente como silte e areia fina. A fração silte
desempenha papel importante no encrostamento, o que pode ser evitado,
mantendo-se o terreno com cobertura vegetal a maior parte do tempo, em
especial, em áreas com pastagens. Essas pastagens, quando manejadas de maneira
inadequada, como: uso de fogo, pisoteio excessivo de animais, deixam o solo
exposto e sujeito ao ressecamento.
Os latossolos são muito intemperizados, com pequena
reserva de nutrientes para as plantas, representados normalmente por sua baixa
a média capacidade de troca de cátions. Mais de 95% dos latossolos são
distróficos e ácidos, com pH entre 4,0 e 5,5 e teores de fósforo disponível
extremamente baixos, quase sempre inferiores a 1 mg/dm³. Em geral, são solos
com grandes problemas de fertilidade.
A fração argila dos latossolos é composta
principalmente por caulinita, óxidos de ferro (goethita e hematita) e óxidos de
alumínio (gibbsita). Alguns latossolos, formados de rochas ricas em ferro,
apresentam, na fração argila, a maghemita e , na fração areia, a magnetita e a
ilmenita. A esses últimos, estão associados os elementos-traço
(micronutrientes) como o cobre e o zinco, importantes para o desenvolvimento das
plantas.
Aptidão agrícola
Os latossolos são passíveis de utilização com
culturas anuais, perenes, pastagens e reflorestamento. Normalmente, estão
situados em relevo plano a suave-ondulado, com declividade que raramente
ultrapassa 7%, o que facilita a mecanização. São profundos, porosos, bem
drenados, bem permeáveis mesmo quando muito argilosos, friáveis e de fácil
preparo. Apesar do alto potencial para agropecuária, parte de sua área deve ser
mantida com reserva para proteção da biodiversidade desses ambientes.
Fatores limitantes ao uso agrícola
Um fator limitante é a baixa fertilidade desses
solos. Contudo, com aplicações adequadas de corretivos e fertilizantes, aliadas
à época propícia de plantio de cultivares adaptadas, obtêm-se boas produções.
Os latossolos de textura média, com teores
elevados de areia, assemelham-se às Areias Quartzosas, sendo muito suscetíveis
à erosão, requerendo tratos conservacionistas e manejo cuidadoso. A grande
percolação de água no perfil desses solos, associada à baixa CTC, pode provocar
lixiviação de nutrientes. Essa é uma das razões por que os sistemas irrigados
devem ser dimensionados, levando-se em conta a textura do solo. Dessa forma,
evitam-se problemas de perdas de solo e, conseqüentemente, de nutrientes. No
caso de plantios de sequeiro, a baixa capacidade de armazenamento de água dos
latossolos de textura média pode provocar grandes prejuízos no rendimento das
culturas, haja vista, a ocorrência de veranicos e o período seco pronunciado,
característicos do Cerrado. Sistemas que preconizem a cobertura dos solo e que
melhorem os teores de matéria orgânica e o conseqüente aumento da retenção de
umidade do solo devem ser adotados.
Nos latossolos argilosos, o cuidado com a erosão
não é menos importante. Mesmos em Latossolos Roxos, depois do preparo para o
plantio, o risco de erosão é muito grande, pois a chuva encontra o solo
totalmente desprotegido. A estrutura forte, muito pequena e granular leva os
latossolos argilosos a apresentar comportamento semelhante aos solos arenosos.
Além disso, nos latossolos de textura argilosa a muito argilosa, quando
intensamente mecanizados, a estrutura é destruída, levando à redução da
porosidade do solo e conseqüente formação de uma camada compactada (20 a 30 cm),
dificultando o enraizamento das plantas e a infiltração da água da chuva recebe
doses excessivas de calcário, o que pode provocar dispersão da argila que por
sua vez irá obstruir os poros do solo.
A baixa CTC desses solos pode ser melhorada,
adotando-se práticas de manejo que promovam a elevação dos teores de matéria
orgânica do solo, uma vez que a CTC depende essencialmente dela. Plantio
direto, associado à rotação de culturas, pode permitir a elevação desses
teores.
Os Latossolos Amarelos, além da baixa fertilidade
e da alta saturação por alumínio, apresentam problemas físicos com limitações
quanto à permeabilidade restrita (elevada coesão dos agregados, pois o solo é
extremamente duro quando seco) e lenta a infiltração de água. Os de textura
mais argilosa têm certa tendência ao selamento superficial, condicionado pela
ação das chuvas torrenciais próprias dos climas equatoriais e tropicais. Os
solos, utilizados para lavouras ou pastagens, apresentam alta erodibilidade à
proporção que permanecem desnudos.
Ambiente de ocorrência
No Cerrado, os latossolos ocupam praticamente
todas as áreas planas a suave-onduladas, sejam chapadas ou vales. Ocupam ainda
as posições de topo até o terço médio das encostas suave-onduladas, típicas das
áreas de derrames basálticos e de influência dos arenitos.
Manejo dos latossolos
Usar o solo de acordo com a sua aptidão agrícola;
Fazer as correções do solo no que diz respeito à
acidez, à saturação por alumínio e à baixa fertilidade;
Observar o teor de argila do latossolo; se estiver
próximo do limite de 15%, cuidados especiais devem ser tomados com manejos
muito intensivos, principalmente, em sistemas irrigados;
Manter o solo coberto a maior parte do tempo
possível, especialmente, no início das chuvas.
Adotar, sempre que possível, manejos
convervacionistas como cultivo mínimo e plantio direto.
Podzólicos / Argissolos
Características gerais
São solos minerais, não-hidromórficos, com
horizonte A ou E (horizonte de perda de argila, ferro ou matéria orgânica, de
coloração clara) seguido de horizonte B textural, com nítida diferença entre os
horizontes. Apresentam horizonte B de cor avermelhada até amarelada e teores de
óxidos de ferro inferiores a 15%. Podem ser eutróficos, distróficos ou álicos.
Têm profundidade variadas e ampla variabilidade de classes texturais.
Na Região do Cerrado, as classes mais comuns de
Podzólicos são o Podzólico Vermelho-Amarelo (PV) e Podzólico Vermelho-Escuro
(PE). Esse último distingue-se pela coloração avermelhada mais escura e teor de
óxidos de ferro mais elevado. Alguns podzólicos podem mostrar características
intermediárias com outras classes de solos, como pouco desenvolvimento de
estrutura e cerosidade, próprios de latossolos ou cambissolos.
Fatores limitantes
Nesses solos, constata-se grande diversidade nas
propriedades de interesse para a fertilidade e uso agrícola (teor variável de
nutrientes, textura, profundidade, presença ou ausência de cascalhos, pedras o
concreções, ocorrência em diferentes posições na paisagem, entre outras). Dessa
forma, torna-se difícil generalizar suas qualidades.
Problemas sérios de erosão são verificados
naqueles solos em que há grande diferença de textura entre os horizontes A e B,
sendo tanto maior o problema quanto maior for a declividade do terreno.
Os solos distróficos e álicos, além da limitação
da fertilidade, podem ainda apresentar problemas com a eficiência da adubação e
da calagem se estiverem localizados em relevos de ondulados a forte-ondulados.
Nessas situações, é imprescindível a utilização intensiva de práticas de
conservação do solo para evitar perdas de fertilizantes e de corretivos por
erosão. Os problemas podem ser mais graves ainda se o solo for cascalhento.
Nos solos eutróficos, não existe limitação quanto
a fertilidade. Entretanto, a retirada constante de nutrientes pelas plantas
cultivadas, e a erosão nas áreas mais declivosas podem reduzir a
disponibilidade de nutrientes.
Aptidão agrícola
Quando a fertilidade natural é elevada e não há
pedregosidade, sua aptidão é boa para agricultura. São particularmente
indicados para situações em que não é possível grandes aplicações de capital
para o melhoramento e a conservação do solo e das lavouras, o que é mais comum
em áreas de agricultura familiar.
Os intermediários para latossolos apresentam
aptidão para uso mais intensivo, mesmo contendo baixa fertilidade natural, uma
vez que são profundos. Essa limitação pode ser corrigida, desde que ocorram em
áreas de relevo suavizado. Culturas perenes também são uma alternativa para esses
solos, principalmente, os mais profundos.
Ambiente de ocorrência
Apesar de não ocorrerem em grandes áreas contínuas
no Cerrado, sua presença é freqüente. Ocupam, na paisagem, a porção inferior
das encostas onde o relevo apresenta-se ondulado (8% a 20% de declive) ou
forte-ondulado (20% a 45% de declive).
Manejo dos podzólicos
Observar a presença de cascalhos e pedras;
Declividade do terreno: acima de 8% é difícil
controlar a erosão;
Diferença de textura entre os horizontes A e B,
quando o A for arenoso e o b argiloso, esses solos são bastante suscetíveis à
erosão.
Terra Roxa Estruturada / Nitossolo Vermelho

Características gerais
São solos minerais, não-hidromórficos,
apresentando cor vermelho-escura tendendo à arroxeada. São derivados do
intemperismo de rochas básicas e ultrabásicas, ricas em minerais
ferromagnesianos. Na sua maioria, são eutróficos com ocorrência menos
freqüentes de distróficos e raramente álicos. Quando comparados aos latossolos,
as TRs apresentam maior potencial de resposta às adubações, conseqüência de sua
CTC mais elevada.
Apresentam horizonte B textural, caracterizado
mais pela presença de estrutura em blocos e cerosidade do que por grandes
diferenças de textura entre os horizontes A e B. A textura varia de argilosa a
muito argilosa e são bastante porosos (normalmente a porosidade total é
superior a 50%). Uma característica peculiar é que esses solos, como os
Latossolos Roxos, apresentam materiais que são atraídos pelo imã. Seus teores
de ferro (Fe2O3) são elevados (superiores a 15%).
Na Região do Cerrado, é comum amostras de TRs com
a presença de horizonte B latossólico logo abaixo do B textural. Essas passam a
se chamar Terra Roxa Estruturada Latossólica e apresentam comportamento
intermediário entre Terra Roxa Estruturada e Latossolo Roxo.
Fatores limitantes
Apresentam riscos de erosão se estiverem
localizados em relevos ondulados. Entretanto, se o solo for álico em
profundidade, ocorrem limitações para o desenvolvimento radicular.
Aptidão agrícola
As Terras Roxas Estruturadas compreendem solos de
grande importância agrícola; as eutróficas são de elevado potencial produtivo,
e as distróficas e álicas respondem bem à aplicação de fertilizantes e
corretivos.
Em vista de suas características, à exceção do
relevo, esses solos têm aptidão boa para lavouras e demais usos agropastoris.
Ambiente de ocorrência
Formam-se sobre rochas básicas e ocupam as porções
média e inferior de encostas onduladas até fortemente onduladas. É comum sua
ocorrência em áreas bem drenadas, próximas a cursos d água onde predominam
rochas básicas (basalto, diabásio). Estão freqüentemente associadas a
Latossolos Roxos (LR). Diferenciam-se dos Podzólicos Vermelho-Escuros por
apresentar maior quantidade de ferro que este, além de serem atraídos pelo imã
e por não apresentarem gradiente textural elevado (diferença significativa de
argila do horizonte A para o B). A TR latossólica situa-se em posições
intermediárias entre TR e LR.
Manejo das terras roxas estruturadas
Verificar a profundidade efetiva do solo a fim de,
se necessário, utilizar o sistema de preparo adequado (mecânico ou tração
animal);
Por estar localizado em relevos movimentados, o
risco de erosão é freqüente.
No caso de solos de baixa disponibilidade de
nutrientes, verificar a correta dosagem de adubos e corretivos a ser aplicada,
uma vez que sua resposta à adubação é alta.
Correção e Manutenção da Fertilidade do Solo
Amostragem e análise do solo
Em áreas que não necessitam de calagem, a amostragem para
fins de indicação de fertilizantes poderá ser feita logo após a maturação
fisiológica da cultura anterior àquela que será instalada. Caso haja
necessidade de calagem, a retirada da amostra tem que ser feita de modo a
possibilitar que o calcário esteja incorporado pelo menos três meses antes da
semeadura.
Na retirada de amostra do solo com vistas à caracterização da fertilidade, o
interesse é pela camada arável do solo que, normalmente, é a mais intensamente
alterada, seja por arações e gradagens, seja pela adição de corretivos,
fertilizantes e restos culturais. A amostragem deverá, portanto, contemplar essa
camada, ou seja, os primeiros 20 cm de profundidade.
No sistema de semeadura direta indica se que, sempre que possível, a amostragem
seja realizada em duas profundidades (0 10 e 10 20 cm), com o objetivo
principal de se avaliar a disponibilidade de cálcio e a variação da acidez
entre as duas profundidades.
As indicações de adubação devem ser orientadas pelos teores dos nutrientes
determinados na análise de solo. Na Tabela
4.1 são apresentados os
parâmetros para a interpretação da análise de solo.
Acidez
do solo
Os nutrientes têm sua
disponibilidade determinada por vários fatores, entre eles o valor do pH,
medida da concentração (atividade) de íons hidrogênio na solução do solo.
A Fig.
4.1 ilustra a tendência da
disponibilidade dos diversos elementos químicos às plantas, em função do pH do
solo. A disponibilidade varia como conseqüência do aumento da solubilidade dos
diversos compostos na solução do solo.

Calagem
A determinação da
quantidade de calcário a ser aplicada ao solo pode ser feita segundo duas
metodologias básicas de análise do solo:
a) Neutralização do Al3+ e
suprimento de Ca2+ e
Mg2+
Este método é, particularmente, adequado para solos sob vegetação de Cerrados,
nos quais ambos os efeitos são importantes.
O cálculo da necessidade de calagem (NC) é feito através da seguinte fórmula:
NC (t.ha-1) = Al3+ x
2 + [2 - (Ca2+ + Mg2+)]
(PRNT = 100%)
b) Saturação de bases do solo
Este método consiste na elevação da saturação de bases trocáveis para um valor
que proporcione o máximo rendimento econômico do uso de calcário.
O cálculo da necessidade de calcário (NC) é feito através da seguinte fórmula:

em
que:
V1 = valor da saturação das bases trocáveis do solo, em porcentagem, antes da
correção. (V1 = 100 S/T) sendo:
S = Ca2+ + Mg2+ + K+ (cmolc.dm-3);
V2 = Valor da saturação de bases trocáveis que se deseja;
T = capacidade de troca de cátions, T = S + (H+Al3+)(cmolc.dm-3);
f = fator de correção do PRNT do calcário f = 100/PRNT.
Quando o potássio é expresso em mg.dm-3, na análise do solo, há
necessidade de transformar para cmolc.dm-3 pela fórmula:
cmolc.dm-3 de K =
(0,0026) mg.dm-3 de K
A saturação de bases é variável para cada estado ou região. Para o Estado do
Paraná 70%, para os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, 60%. Nos demais
estados da Região Central, formados basicamente por solos sob vegetação de
Cerrados, o valor adequado de saturação é de 50%.
c) Calagem para solos arenosos
Quando se tratar de solos arenosos (teor de argila menor que 20%), a quantidade
de calcário a ser utilizada (NC) é dada pelo maior valor encontrado de uma
destas duas fórmulas:
NC (t.ha-1) = (2 x Al) x f
NC (t.ha-1) = [2 - (Ca + Mg)] x f
Calagem no sistema
de semeadura direta
Preferencialmente, antes de iniciar o sistema semeadura direta em áreas sob
cultivo convencional, indica-se corrigir integralmente a acidez do solo, sendo
esta etapa fundamental para a adequação do solo a esse sistema. O corretivo, na
quantidade recomendada, deve ser incorporado, uniformemente, na camada arável
do solo, ou seja, até 20 cm de profundidade.
Após a implementação da semeadura direta, os processos de acidificação do solo
irão ocorrer e será necessário, depois de algum tempo, a correção da acidez.
Para a identificação da necessidade de calagem, o solo já implantado de maneira
correta, deve ser amostrado na profundidade de 0 a 20 cm, podendo-se aplicar
até 1/3 da quantidade necessária. Para os solos que já receberam calcário na
superfície, a amostragem deve ser realizada de 0 a 10 e 10 a 20 cm de
profundidade. Portanto, em solos que já receberam calcário em superfície,
sugere-se que, para o cálculo da recalagem, sejam utilizados os valores médios
das duas profundidades, aplicando-se até 1/3 da calagem indicada.
Qualidade e uso do
calcário
Para que a calagem atinja os objetivos de neutralização do alumínio trocável
e/ou de elevação dos teores de cálcio e magnésio, algumas condições básicas
devem ser observadas:
* todo o calcário deve passar em peneira com malha de 0,3 mm;
* o calcário deve apresentar teores de CaO + MgO > 38%, com preferência ao
uso de calcário dolomítico (>12,0% MgO) ou magnesiano (entre 5,1% e 12,0%
MgO), em solos com larga relação Ca/Mg (>3/1);
* na escolha do corretivo, em solos que contenham menos de 0,8 cmolc.dm-3 de Mg, deve ser dada preferência
para materiais que contenham o magnésio (calcário dolomítico e ou magnesiano) a
fim de evitar que ocorra um desequilíbrio entre os nutrientes. Como os
calcários dolomíticos encontrados no mercado contém teores de magnésio
elevados, deve-se acompanhar a evolução dos teores de Ca e Mg no solo e, caso
haja desequilíbrio, pode-se aplicar calcário calcítico (<5,0% MgO) para
aumentar a relação Ca/Mg; e
* a má distribuição e/ou a incorporação muito rasa do calcário pode causar ou
agravar a deficiência de manganês, resultando em queda de produtividade.
Correção da acidez
subsuperficial
Os solos do Brasil apresentam problemas de acidez subsuperficial, uma vez que a
incorporação profunda (>20cm) do calcário nem sempre é possível.
Assim, camadas mais profundas do solo (abaixo de 35cm ou 40cm) podem continuar
com excesso de alumínio tóxico. Esse problema, aliado à baixa capacidade de
retenção de água desses solos, limita a produtividade, principalmente nas
regiões onde é mais freqüente a ocorrência de veranicos (Sousa et al., 1996).
A aplicação de gesso agrícola diminui, em menor tempo, a saturação de alumínio
nessas camadas mais profundas. Desse modo, criam-se condições para o sistema
radicular das plantas se aprofundar no solo e, conseqüentemente, minimizar o
efeito de veranicos. Deve ficar claro, porém, que o gesso não neutraliza a
acidez do solo.
O gesso deve ser utilizado em áreas onde a análise de solo, na profundidade de
30 cm a 50 cm, indicar a saturação de alumínio maior que 20% e/ou quando a
saturação do cálcio for menor que 60% (cálculo feito com base na capacidade de
troca efetiva de cátions). A dose de gesso agrícola (15% de S) a aplicar é de
700, 1200, 2200 e 3200 kg.ha-1 para solos de textura arenosa, média, argilosa e
muito argilosa, respectivamente. O efeito residual dessas dosagens é de, no
mínimo, cinco anos.
Caso o gesso seja aplicado apenas como fonte de enxofre, a dosagem deve ser ao
redor de 350 kg.ha-1 por cultivo.
Exigências minerais
e adubação para a cultura da soja
Exigências minerais
A absorção de nutrientes por uma determinada espécie vegetal é influenciada por
diversos fatores, entre eles as condições climáticas como chuvas e
temperaturas, as diferenças genéticas entre cultivares de uma mesma espécie, o
teor de nutrientes no solo e os diversos tratos culturais. Na tabela
4.2, são apresentadas as quantidades médias de nutrientes, contidos em
1.000 kg de restos culturais de soja e em 1.000 kg de grãos de soja.

Diagnose foliar
Além da análise do solo, para indicação de adubação, existe a possibilidade
complementar da Diagnose Foliar, principalmente para micronutrientes, pois os
níveis críticos desses no solo, apresentados na seção 4.8.6, são ainda
preliminares. Assim, a Diagnose Foliar uma ferramenta complementar na
interpretação dos dados de análise de solo, para fins de indicação de adubos,
principalmente para a safra seguinte.
Basicamente, a Diagnose Foliar consiste em analisar, quimicamente, as folhas e
interpretar os resultados conforme a Tabela
4.3. Os trifólios a serem coletados, sem o pecíolo, são o terceiro e/ou o
quarto, a partir do ápice de, no mínimo, 40 plantas no talhão, no início da
floração. Quando necessário, para evitar a contaminação com poeira de solo nas
folhas, sugere-se mergulhá-las em água, simplesmente para a remoção de resíduos
de poeira e em seguida colocadas para secar à sombra e após embaladas em sacos
de papel (não usar plástico).

Adubação
Nitrogênio
A soja obtém a maior
parte do nitrogênio que necessita através da fixação simbiótica que ocorre com
bactérias do gênero Bradyrhizobium.
Região de Cerrados
Adubação fosfatada
A indicação da quantidade de nutrientes, principalmente em se tratando de
adubação corretiva, é feita com base nos resultados da análise do solo.
Na Tabela
4.4 são apresentados os
teores de P extraível, obtidos pelo método Mehlich I e a correspondente
interpretação, que varia em função dos teores de argila.
Duas proposições são apresentadas para a indicação de adubação fosfatada
corretiva: a correção do solo de uma só vez, com posterior manutenção do nível
de fertilidade atingido e a correção gradativa, através de aplicações anuais no
sulco de semeadura (Tabela
4.5).
A adubação corretiva gradual pode ser utilizada quando não há a possibilidade
de fazer a correção do solo de uma só vez. Esta prática consiste em aplicar, no
sulco de semeadura ou a lanço, uma quantidade de P de modo a acumular, com o
passar do tempo, o excedente e atingindo, após alguns anos, a disponibilidade
de P desejada. Ao utilizar as doses de adubo fosfatado sugeridas na Tabela
4.5, espera- se que, num período máximo de seis anos, o solo apresente
teores de P em torno do nível crítico.
Quando o nível de P no solo estiver classificado como Médio ou Bom (Tabela
4.4), usar somente a adubação de manutenção, que corresponde a 20 kg de
P2O5.ha-1, para cada 1000 kg de grãos produzidos.


Adubação potássica
A indicação para adubação corretiva com potássio, de acordo com a análise do
solo, é apresentada na Tabela
4.6. Esta adubação deve ser feita a lanço, em solos com teor de argila
maior que 20%. Em solos de textura arenosa (< 20% de argila), não se deve
fazer adubação corretiva de potássio, devido as acentuadas perdas por
lixiviação.
Como a cultura da soja retira grande quantidade de K nos grãos (aproximadamente
20 kg de K2O.t-1 de grãos), deve-se fazer manutenção com 60 kg.ha-1 de K2O.
Isso, se a expectativa de produção for de três toneladas de grãos.ha-1,
independentemente da textura do solo.
Nas dosagens de K2O acima de 50 kg.ha-1, utilizar a metade da dose em
cobertura, principalmente em solos arenosos, 30 ou 40 dias após a germinação,
respectivamente para cultivares de ciclo mais precoce e mais tardio.

Estado de São Paulo
Na Tabela
4.7 constam as doses de P e K
a serem aplicadas e que variam com a análise do solo e a produtividade
esperada.
Estado do Paraná

Adubação com enxofre
A absorção deste
nutriente, pela planta de soja, é de 15 kg para cada 1000 kg de grãos
produzidos, quantidade que deve ser adicionada anualmente como manutenção, ou
seja, 45 kg quando se espera uma produtividade de 3000 kg.ha-1 de grãos.
Para determinar a necessidade correta de S, deve-se fazer a análise do solo
e/ou foliar, cujo nível crítico, no solo, é de 10 mg dm-3 e a faixa de
suficiência, nas folhas, é de 2,1 a 4,0 g kg-1. Com a análise do solo efetuada,
utilizar as Tabelas
4.9 a 4.11.
No mercado,
encontram-se algumas fontes de enxofre (S), que são: gesso agrícola (15% de S),
superfosfato simples (12% de S) e "flor de enxofre" ou enxofre
elementar (98 % de S). Além disso, há várias fórmulas no mercado, em princípio
fórmulas com N-P-K, que contêm até 8% de S.


Adubação com micronutrientes
Como sugestão para
interpretação de micronutrientes em análises de solo, com os extratores Mehlich
I e DTPA, respectivamente, são apresentados os teores limites para as faixas
baixo, médio e alto (Tabelas
4.9 e 4.10).
As indicações da aplicação de doses de enxofre (S) e de micronutrientes no solo
estão contidas na Tabela 4.11.
Esses elementos, de fontes solúveis ou insolúveis em água, são aplicados a
lanço, desde que o produto satisfaça a dose indicada. O efeito residual dessa
indicação atinge, pelo menos, um período de cinco anos. Para reaplicação de
qualquer um desses micronutrientes, consultar a análise foliar como instrumento
indicador. A análise de folhas, para diagnosticar possíveis deficiências ou
toxicidade de micronutrientes em soja, constitui-se em argumento efetivo para
correção via adubação de algum desequilíbrio nutricional (Tabela
4.3) Porém, as correções só se viabilizam na próxima safra, considerando
que, para as análises, a amostragem de folhas é indicada no período da
floração, a partir do qual não é mais possível realizar correção de ordem
nutricional.
A aplicação de micronutrientes no sulco de semeadura tem sido bastante
utilizada pelos produtores. Nesse caso, aplica-se 1/3 da indicação a lanço por
um período de três anos suscessivos.
No caso do Mo e do Co, indica-se a aplicação via semente com as doses de 12 a
30 g.ha-1 de Mo e 2 a 3 g.ha-1 de Co, conforme especificação no rótulo dos
produtos comerciais, que devem apresentar alta solubilidade.

Adubação foliar com macro e micronutrientes
No caso de
deficiência de manganês, constatada através de exame visual, indica-se a aplicação
de 350 g.ha-1 de Mn (1,5 kg de MnSO4) diluído em 200 litros de água com 0,5% de
uréia.
A adubação foliar não é indicada a outros macro ou micronutrientes para a
cultura da soja.
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